Os minerais são elementos inorgânicos que fazem parte dos nutrientes indispensáveis ao organismo e são divididos em macrominerais e microminerais. Tal divisão não indica a importância desses minerais, mas sim a quantidade em que devem ser consumidos. Sendo assim, os macrominerais são necessários em 100 miligramas ou mais por dia e os microminerais em alguns miligramas ou microgramas. Como não são sintetizados pelo organismo, precisam ser obtidos por meio da alimentação. São necessários na regulação do balanço ácido-base, atuam na atividade muscular, são cofatores em reações catalisadas por enzimas, dentre outras funções.
Ferro, o metal da vida
Recomendado na dieta entre 10 a 15 mg/dia, o ferro é um micromineral essencial para o organismo. Além de participar na síntese de hemoglobina e na formação de mioglobulina, o ferro ainda contribui para a produção de energia.
Devido a ação de fatores que interferem na absorção dos nutrientes, o aproveitamento de cada mineral pelo organismo pode ser muito diferente. Esse conceito de biodisponibilidade dos nutrientes refere-se à parte que é absorvida na alimentação. Assim, uma dieta com um conteúdo adequado de ferro depende de sua biodisponibilidade. O ferro pode estar presente com íon heme ou não-heme.
Estrutura do heme, que é componente da hemoglobina e seu local funcional, onde no centro de um anel porfirina é mostrado o ferro.
O ferro heme, que é mais facilmente absorvido pelo organismo, é encontrado em carnes, aves e peixes. Já o ferro não-heme, que é obtido através de cereais, vegetais e outros alimentos, é menos rapidamente absorvido.
No intestino delgado, a absorção de ferro é mais eficiente no duodeno. O ferro absorvido é transportado pela proteína transferrina (secretada pelo fígado) do plasma para a medula óssea e é incorporado à hemoglobina. Dentro dos eritrócitos, o ferro passa, então, a circular no sangue. Mais tarde, os eritrócitos em envelhecimento são destruídos pelos fagócitos do sistema reticuloendotelial. Assim, a hemoglobina é digerida e o ferro é liberado para o plasma onde o ciclo continua. Nesse ciclo, uma parte do ferro é reservada e incorporada na ferritina ou hemossiderina, uma parte é excretada através da urina, fezes, suor ou sangue, e outra pequena quantidade é absorvida no trato intestinal.
Bibliografia:
- SHILS, M.E. O ferro em medicina e nutrição. In: Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença - 9 ed. São Paulo: Editora Manole.
- TIRAPEGUI, JULIO. Minerais, cap. 06. In: Nutrição Fundamentos e aspectos atuais - 2 ed. - São Paulo: Editora Atheneu, 2006.
- Imagens:
www.hepcentro.com.br/porfiria.htm
www.ahdc.vet.cornel.edu/clinpath/modules/chem/femetb.htm
Postado por: Letícia Pacheco
Prof. Walmir "PERCEBE-SE QUE O MATERIAL É ÚTIL PRINCIPALMENTE PARA TRABALHAR DE MODO INTERDISCIPLINAR COM A QUÍMICA E DAR-SE-Á UM REDIMENSIONAR MOTODOLOGICO PENSANSO NA CONTEXTUALIDADE."
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